Usina de Investimento Solar: Vale a Pena? Como Funciona na Prática?

Mauricio Peixoto
19 de jun.
5 min de leitura

No cenário atual de busca por sustentabilidade e economia, a energia solar se destaca como uma solução promissora. E quando falamos em energia solar, um conceito que ganha cada vez mais força é o das "usinas de investimento". Mas o que são exatamente? Vale a pena investir? E como funciona na prática?

O que é uma Usina de Investimento Solar?

Uma usina de investimento solar é, em essência, um sistema fotovoltaico de maior porte, instalado em um local específico (seja em solo ou em telhados de grandes estruturas), com o objetivo principal de gerar energia elétrica para ser injetada na rede da distribuidora. Em vez de a energia ser consumida diretamente no local de geração, ela é "emprestada" à rede e convertida em créditos de energia. Esses créditos podem ser utilizados para abater o consumo de outras unidades consumidoras que estejam sob a mesma titularidade ou grupo econômico, ou até mesmo ser vendida em alguns modelos de negócio específicos, dependendo da regulamentação local.

Vale a Pena Investir em uma Usina de Investimento?

A resposta é sim, e por diversas razões que fazem dessa modalidade um atrativo para empresas e até mesmo grupos de investidores:

Economia de Custos a Longo Prazo: A principal motivação é a redução significativa nas despesas com energia elétrica. Ao gerar seus próprios créditos de energia, o investidor se torna menos dependente das flutuações das tarifas da concessionária.
Retorno sobre o Investimento (ROI) Atraente: Projetos de geração distribuída, como uma usina de 500 kWp, podem apresentar um payback (tempo de retorno do investimento) entre 2,5 e 5 anos, com rentabilidades que podem variar de 30% a 50% ao ano, dependendo das condições do projeto e do mercado.
Sustentabilidade e Imagem Positiva: Investir em energia solar demonstra um forte compromisso com a sustentabilidade ambiental, utilizando uma fonte de energia limpa e renovável que não emite gases de efeito estufa. Isso fortalece a imagem da empresa e pode atrair clientes e parceiros que valorizam a responsabilidade socioambiental.
Independência Energética: A capacidade de gerar sua própria energia oferece maior autonomia e proteção contra os constantes aumentos nas tarifas de eletricidade.
Valorização do Ativo: A instalação de uma usina solar pode valorizar o imóvel ou o ativo onde ela está instalada, tornando-o mais atrativo no mercado.

Como Funciona na Prática?

O processo de implementação de uma usina de investimento solar envolve algumas etapas cruciais, as quais a Energia Limpa SA domina por completo:

Planejamento e Análise de Viabilidade: Tudo começa com a definição dos objetivos, o escopo do projeto, o orçamento preliminar e o cronograma. Em seguida, é realizada uma análise de viabilidade técnica, ambiental, econômica e financeira. Isso inclui o estudo da irradiação solar no local, a topografia do terreno, o acesso à rede elétrica e a infraestrutura disponível. Cálculos de payback e rentabilidade são essenciais nesta fase.
Escolha do Financiamento: Pesquisa e comparação das melhores opções de financiamento disponíveis no mercado, considerando taxas de juros, prazos e condições de pagamento.
Conexão e Homologação com a Concessionária: Um passo vital é a solicitação de acesso à rede da distribuidora (como a EDP no Espírito Santo), a análise da viabilidade de conexão da usina, a definição do ponto de conexão e a elaboração do projeto de conexão. O projeto é então protocolado junto à concessionária para aprovação e obtenção da permissão de conexão.
Projeto Executivo e Orçamento Detalhado: Elaboração do projeto executivo da usina, detalhando todos os aspectos técnicos, elétricos, mecânicos e estruturais. Isso inclui o dimensionamento dos equipamentos, o layout da usina, e o sistema de monitoramento e segurança. Paralelamente, é feito o levantamento detalhado de todos os custos.
Instalação, Comissionamento e Testes: A equipe de instalação executa a montagem dos painéis, inversores, estruturas de fixação e cabeamento. Após a instalação, são realizados testes e o comissionamento para verificar o correto funcionamento de todos os componentes e a geração de energia, garantindo a conformidade com as normas técnicas e de segurança.
Início da Operação e Monitoramento: Uma vez conectada e homologada, a usina inicia sua operação. O acompanhamento da geração de energia e o monitoramento do desempenho são contínuos, com manutenções preventivas e corretivas sendo realizadas conforme a necessidade.

É importante ressaltar que os principais componentes, como painéis e inversores, possuem garantias de fábrica, e é fundamental contratar um seguro para a usina.

Usina de Investimento de Baixa Tensão e Média Tensão: Qual tem o Melhor Retorno a Curto e Médio Prazo?

A classificação de usinas de investimento em baixa ou média tensão se refere ao ponto de conexão com a rede da distribuidora. Ambas as modalidades têm suas particularidades e a escolha ideal dependerá de diversos fatores, como o tamanho do projeto, a disponibilidade de infraestrutura e o consumo de energia dos clientes.

Usinas de Baixa Tensão:

Características: Geralmente são projetos menores, conectados diretamente à rede de baixa tensão da distribuidora.
Vantagens: Menor complexidade de instalação e custos iniciais potencialmente mais baixos em alguns casos, especialmente para sistemas de menor porte. A burocracia de homologação pode ser um pouco mais simples em comparação com projetos de média tensão.
Desvantagens: Limitadas a potências menores, o que pode restringir o potencial de geração de créditos.

Usinas de Média Tensão:

Características: Projetos de maior porte que se conectam à rede de média tensão. Requerem uma subestação e infraestrutura mais robusta.
Vantagens: Permitem a instalação de sistemas com potências muito maiores, gerando um volume significativo de créditos de energia que podem ser utilizados para abater o consumo de múltiplas unidades consumidoras de grande porte (industriais, comerciais). O retorno financeiro em volume de energia gerada pode ser substancialmente maior.
Desvantagens: Maior complexidade técnica e burocrática, com custos de instalação e infraestrutura mais elevados.
O tempo de homologação pode ser mais longo.

Em ambos os casos, a chave para um bom retorno está em um planejamento detalhado, um projeto otimizado e a execução profissional. A expertise da Energia Limpa SA em analisar as necessidades específicas de cada cliente e projetar a solução mais adequada é fundamental para maximizar os benefícios.

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